quarta-feira, 11 de junho de 2014

MODELAGEM EM ARGILA

"A argila é fria, maleável, faz sujeira mas torna-se atraente em qualquer idade. Oferece experiência tátil, e cinestésica favorecendo crianças com problemas motores e perceptuais. Como é capaz de transformar-se através da manipulação, seja amassando, esticando, espremendo, ou socando, tem uma qualidade sensorial que faz uma ponte entre sentidos e sentimentos.
            O trabalho com a argila pode ser sempre refeito, consertado, enquanto ainda úmido, contribuindo para o desenvolvimento da auto estima e auto confiança. É matéria viva, alimentadora da fantasia criadora e incentivadora do espírito criador.
A argila e outros materiais modeláveis, despertam o sentido visual, térmico, o sentido do equilíbrio e o sentido cinestésico. Pode-se trabalhar com crianças maiores noções de volume, temperatura, simetria, bem como o equilíbrio e o movimento. Ao plasmar novas formas com as mãos através da modelagem, espelhamos nossa noção de esquema corporal e podemos inclusive, pelo trabalho sistemático de modelagem, interferir e modificar este esquema, “sabendo” do corpo, criando um novo corpo. Sara Paim, falando da modelagem afirma; “um corpo que faz outro corpo”.
            Ao “brincar” de modelar, vivenciamos formas, volumes, cheio/vazio, dentro/fora. Criamos texturas, superfícies lisas. Brincamos com a geometria e desenvolvemos a percepção espacial do mundo, bem como noções de orientação, direção, proporção.
            A argila promove a manifestação ativa dos processos internos mais primários porque proporciona fluidez entre material e manipulador, como nenhum outro. Através dela tem-se uma sensação de controle e domínio sobre aquilo que se produz, podendo-se remanejar, construindo e desmanchando os objetos, sem regras específicas e definidas para o seu uso".









"barro toma a forma que você quiser você nem sabe estar fazendo apenas o que o barro quer". Paulo Leminski

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